Diretor da unidade aponta troca de diretores como causa da rebelião.
Promotor afirma que unidade é que é sobrecarregada e inútil.
Os promotores de justiça de criticaram nesta quinta-feira (12) a estrutura de funcionamento da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), localizada no município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, onde três internos morreram durante uma rebelião na noite desta terça-feira (10). Para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a unidade não tem proposta socioeducativa. Os promotores do órgão disseram que denunciaram a Funase duas vezes à justiça por maus tratos a jovens.
Na última terça, aconteceu a oitava rebelião na unidade nos últimos dez anos. Durante a confusão, foram assassinados três internos e a situação só foi controlada após duas invasões do Batalhão de Choque. Os promotores de justiça rebateram as declarações do diretor-presidente da Funase, Alberto Nascimento, que apontou a troca de diretores ocorrida em novembro do ano passado como a principal causa da rebelião. O ex-diretor foi afastado do cargo por determinação da justiça, a pedido do MPPE. Eles dizem que a direção se tornou aliada de alguns adolescentes infratores que têm regalias dentro da unidade.
O promotor de justiça Maxwell Vignoli afirma que a mudança de diretores não pôs fim ao sistema de comando na unidade. “A mudança do diretor não muda a forma de gestão da atual direção. É preciso que nós entendamos que a falta de estrutura da unidade que não é só sobrecarregada, ela é inútil. Ele não tem nenhuma proposta socioeducativa. Ela deveria se chamar estabelecimento educacional, mas não podemos chamar isso de estabelecimento educacional. Isso é o que o Ministério Público tem gritado a todo canto para que seja mudado”, afirmou o promotor.
Por sua vez, a assessoria de imprensa da Funase informou que a unidade só vai se pronunciar quando for procurada oficialmente pelo Ministério Público.
FONTE: G1
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