foto (arquivo)
A Secretaria de Comunicação do governo da Bahia informou no fim de tarde desta quinta-feira que 150 policiais da Força Nacional chegam a Salvador na noite de hoje para reforçar a segurança no Estado. Ainda segundo o órgão, cerca de 500 devem chegar à capital baiana em 48 horas.
O aumento no efetivo se deve à paralisação de PMs deflagrada na última terça-feira em uma assembleia da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA). Apesar de o comando da corporação não reconhecer o estado de greve, lojistas e moradores têm receio das consequências de um possível menor policiamento nas ruas.
Os comerciantes da avenida Sete e da Calçada, área mais tradicional do comércio da capital, já começam a contabilizar alguns transtornos. De acordo com a assessoria do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindiloja), diversos vendedores passaram a fechar as portas de seus estabelecimentos horas antes do fim do expediente.
Segundo o órgão, os comerciantes da região, por medida preventiva, começaram a dispensar os funcionários às 16h. "A crescente preocupação com a integridade física dos funcionários e clientes tem despertado a ação dos lojistas. O clima entre todos é de alerta e preocupação", disse Paulo Mota, presidente do Sindiloja.
Segundo o Sindilojas, os comerciantes relataram arrastões na região da Estação da Lapa, no bairro da Calçada e nas proximidades do Orixás Center, na região do Politeama, no centro de Salvador.
O chefe de comunicação da PM, capitão Marcelo Pitta, afirmou que algumas denúncias de arrastões vieram à tona, e garantiu que todos os casos seriam apurados. "Nossas equipes estão nas ruas verificando as denúncias. Muitas delas não são verídicas. Verifica-se uma tentativa de fragilizar a população", afirmou.
O comandante do 18ª Batalhão da PM, Coronel Anselmo, responsável pelo policiamento na avenida Sete, afirmou na tarde de ontem que a ação dos lojistas é desnecessária. "Só na avenida Sete temos três viaturas e cerca de 20 policiais trabalhando. Não há motivos para preocupação."
A suspeita de um arrastão no início da tarde desta quinta-feira em Periperi, Plataforma e outros bairros do subúrbio ferroviário causou tumulto na região. Segundo o jornal A Tarde, leitores afirmaram que o comércio local fechou as portas e a população estava atordoada pelas ruas.
De acordo com o delegado Antônio Carlos Magalhães, da 5ª Delegacia de Periperi, a confusão foi causada por vários homens armados, que estavam a bordo de duas motos e um carro, e que passaram pelas lojas ordenando que os estabelecimentos fossem fechados. Apesar do grande susto causado à população, Magalhães explicou que o evento não pode ser considerado arrastão, já que nada foi roubado.
"Não foi registrada nenhuma queixa de roubo, nem a pedestres que passavam pelo local, nem a estabelecimentos comerciais", afirmou o delegado. A polícia acredita que a ação faça parte de uma estratégia para amedrontar a população. Após o tumulto, cinco viaturas da polícia realizaram buscas na região dos bairros de Periperi e Plataforma, mas nenhum suspeito foi encontrado.
FONTE: terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário